+1 LOUCO
sábado, 14 de julho de 2012
quinta-feira, 12 de julho de 2012
sábado, 7 de julho de 2012
A sonhada festa de todos os Corinthians
O Dia de São Nunca chegou.
Corinthianos agradecem pela benção.
E também a todos os rivais.
Que profetizaram por décadas.
A famosa frase.
"Nunca serão!"
Foi graças a ela.
Que mais de 30 milhões de torcedores resolveram provar.
Sim!
Todas as pessoas tem direito de sonhar.
Um sonho que começou a bem menos tempo do que se profere.
Mas que nos últimos tempos havia se tornado o pesadelo de uma torcida.
O momento da tão desejada final.
Finalmente havia chegado.
Era a final da Taça Libertadores de 2012.
Que se transformou no jogo mais corinthiano de todos os tempos.
Do Corinthians de todos os tempos.
Não que o time de Tite seja o melhor de todos os tempos.
Mas exclusivamente esta final em si.
Representou dentro e fora de campo.
Um Corinthians de todos os tempos.
Para fazer jus a tamanha espera.
Representado no principio.
Por uma velha companheira de longa data.
A invencibilidade.
Amiga mais antiga.
Que estava no primeiro título da história.
Em 1914.
Do artilheiro Neco.
E que também estava no último título estadual.
Conquistado em 2009.
Com Ronaldo e Mano Menezes.
Aquele campeonato.
Que já se disse no passado.
Que era o único que esse time era capaz de conquistar.
Invencibilidade camarada.
Que faz questão de estar presente nos momentos mais gloriosos.
O clima no Pacaembu era mágico antes da decisão.
A torcida fez o que prometeu.
A maior manifestação que uma Libertadores já viu.
São Paulo amanheceu em clima de Copa do Mundo.
A euforia tomou conta da cidade.
Um dia inteiro de festejos.
Fogos e bandeiras.
E gritos de Vai Corinthians por todos os cantos.
Para se assemelhar a outra perpétua data corinthiana.
Dia 13 de outubro de 1977.
Última vez que São Paulo realmente havia parado para uma final de campeonato.
Escolas, hospitais e praças.
Voltaram no tempo.
Para o dia que não acabou.
Dando a todos os alvinegros.
Uma segunda chance de sentir aquela nostálgica e gostosa sensação no ar.
Sensação que só aqueles que assistiram ao gol de Basílio.
Conheciam como era.
A partida começou.
A bola rolou.
E o goleiro argentino se machucou.
E só.
Um primeiro tempo vazio.
Nada de relevante aconteceu.
A demora se convidou.
Trazendo mais um Corinthians do passado.
O time dos anos que sucederam 1954.
O Corinhians da angústia.
Do sentimento de agonia.
Da espera.
Precisava relembrar aos torcedores.
Sobre o aprendizado da paciência.
Tão determinante para manter por tanto tempo.
A cabeça erguida.
Na busca por este sacal título continental.
E veio o intervalo.
E outro Corinthians também apareceu.
Nos gritos das arquibancadas.
A torcida clamou por Romarinho.
A esperança do talismã.
Porque Tupãzinho e seu gol de carrinho.
Também mereciam estar presente.
Mesmo que só na esperança.
De um chorado gol de libertação.
Responsável pelo fim do papo de time regional.
E pelo começo da supremacia nacional.
Quem sabe a história não se repetiria.
Mas Tite não deu bola para o apelo.
Não repetiu a substituição de La Bombonera.
Não colocou Romarinho no lugar de Danilo outra vez.
Como se tivesse sido avisado do além.
Que outro Corinthians do passado.
É que mereceria a lembrança.
Do momento mais sentimental da partida.
E o atual camisa 20 seria a peça chave deste feito.
Se tratava do Corinthians mais saudosista da história.
Da época em que foi mais que um clube de futebol apenas.
Foi inspiração politica.
E ensinamento de vida.
Chegaria no começo do segundo tempo.
Trazendo o melhor dos presentes da noite.
Diretamente do céu para o Pacaembu.
O lance mais bonito do jogo.
Simbolo de uma década inteira.
De um elenco que não precisou de nenhum título "de expressão".
Além de seus contestados regionais.
Para encantar o mundo e fazer história.
Um toque.
Um toque de craque.
Um toque de elegância.
Um toque de inteligência.
Um toque de doutor.
Através de Danilo.
O doutor em Libertadores.
Que entendeu a mensagem divina.
Transcendental e espiritual.
Sussurrada lá de cima.
Pelo doutor original.
E com um corinthianíssimo toque de calcanhar.
A la Sócrates, o Eterno.
Encontrou Émerson sozinho.
Para fazer justiça.
Ao time com o futebol mais vistoso que um Corinthians já teve.
Homenageando os inesquecíveis anos 80.
No lance que será um dos mais lembrados das próximas décadas.
O Pacaembu explodiu.
A festa saiu do gramado.
E atingiu as estrelas.
E outros Corinthians resolveram se juntar a ela.
Até mesmo aqueles que torcedor nenhum convidaria.
Como o de Betão e companhia.
Dos erros individuais bizarros de 2006.
Que resolveram inspirar Schiavi.
A entregar o ouro para o mesmo Émerson Sheik.
Aumentando ainda mais a folia.
Depois chegou o Corinthians mundial de 2000.
Do paredão Dida.
Quando Cássio voou para encaixar uma bola cabeceada por Caruzo.
E relembrar a importância das muralhas corinthianas nos principais triunfos.
Com o jogo dominado, foi a vez do Corinthians de Roger e Geninho de 2003 também serem memorados.
Para se livrarem do carma de uma vez por todas.
Do manhoso e marrento D'alessandro.
Que catimbou, provocou e tripudiou do time paulista.
Exorcizado, antes tarde do que nunca.
Pelo endiabrado Sheik.
Que foi o corinthiano mais argentino.
Que um time argentino já pôde enfrentar.
Encarando-os com unhas e, literalmente, dentes.
Dando aos hermanos do mesmo veneno.
Que o carequinha fez os zagueiros corinthianos experimentar.
Ao apito do juiz.
A Fiel finalmente mergulhou ao delírio.
Na imensidão do infinito.
Da felicidade sideral.
Mas ainda daria tempo.
Para que mais dois Corinthians ainda dessem uma passada por ali.
E se juntassem a celebração.
Os dois que mais haviam sofrido.
O das Libertadores de 99 e 2000.
De Marcelinho Carioca.
Que finalmente teve sua falta de sorte reparada.
E agora pode descansar em paz.
E o que mais merecia estar ali.
O Corinthians da série B.
Que teve a honra mais do que justa.
De ser o encarregado de erguer o troféu.
Na figura de Alessandro.
Que ao lado de Chicão.
Fizeram parte deste Corinthians.
Que começou todo este processo de mudança.
No fundo do poço.
No último degrau.
Que trouxe o orgulho de volta.
O renascimento.
Mas principalmente o planejamento.
Fundamental para Tite desenvolver este trabalho histórico.
Com a tranquilidade que necessitava.
Que não teve.
No único Corinthians que preferiu não ir a farra desta quarta-feira.
O de 2005 e da MSI.
Que não acreditou no seu trabalho.
E o demitiu.
Instigando-o a fazer uma promessa.
De que no futuro.
Terminaria aquilo que não o deixaram terminar.
Cumprida com louvor neste dia 04 de Julho de 2012.
Mesmo sem participar.
Com o momento tão merecido.
Mesmo de coração dividido.
A distância.
Talvez de alguma praia
Enfim, o dia de São Nunca, chegou.
Lavando a alma de todos os Corinthians que já existiram.
A taça que todos eles sempre sonharam.
Agora é uma realidade.
Coroando a mais bonita História de superação.
Que um clube de futebol contará pelo resto de sua eternidade.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
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